Sem a ajuda desses caras, a Parasite jamais teria conseguido chegar até aqui. Eles deixaram valiosas contribuições, e o que somos hoje se deve ao que de bom cada um doou a nós. Todos, sem excessão, entregaram-se por inteiro à banda enquanto estiveram conosco, e por isso merecem todo o respeito e admiração pelo belo trabalho que fizeram. São hoje bons e grandes amigos, os quais, de alguma forma, levamos sempre junto conosco - e que também, certamente, levam consigo algo de nós.
TIAGO "BULLY" RODRIGUES (1997-1998)
Já faz um bocado de tempo que tudo começou, e quando isso aconteceu, seja lá onde ou o dia que foi (não lembramos mais), temos certeza que o Bully estava lá! Ao iniciar a banda, ele tinha um diferencial bastante importante (e que foi fundamental para não termos desistido 2 horas depois de tentarmos pela primeira vez) em relação aos outros integrantes: era o único que já sabia tocar o seu instrumento. Excelente e talentoso guitarrista, aprendeu tudo que sabe por conta própria, especialmente "dissecando" os solos e riffs clássicos de Ace Frehley. Naquele tempo, até existia uma "lenda" acerca de como Bully teria aprendido a tocar: ele contava que, num determinado dia, viu um duende verde abanando na janela do quarto (e abaixo da janela estava a guitarra, encostada na parede); Bully olhou de novo, mas o pequenino não estava mais lá. O rapaz então pegou a guitarra e começou a solar coisas que nunca havia tirado, e assim teria ficado por horas e mais horas a fio. Verdade ou não, a habilidade dele manteve a coesão musical da banda enquanto os outros todos tentavam entender como seus instrumentos funcionavam. Somente um ano e meio depois, todos entraram em consenso que já poderia ser marcado o primeiro show - e assim foi, dia 08.10.1998, no finado Tava's Bar, em Porto Alegre (há um registro "histórico" desta apresentação em vídeo!). Com as primeiras roupas e botas devidamente confeccionadas, a banda adentrou o recinto quase exalando adrenalina, e, como já era de se esperar, Bully "levou o show nas costas". Foi um momento bastante especial, a primeira fagulha de tudo que veio depois. Após outro show com a Parasite, Bully casou-se precisou mudar-se para Santa Catarina, o que impossibilitou que continuasse na banda, mas até hoje é um amigo bastante querido e que com o qual mantemos contato.
DANIEL LAHIRILOY (1998-2006)
Após a saída do Bully, a Parasite ficou um tempo à deriva, pois os dois primeiros shows já havíam nos dado uma "amostra" daquilo que poderia nos aguardar pela frente - e gostamos muito. Ele era muito talentoso e seria difícil substituí-lo, mas, por outro lado, já possuíamos uma certa quantidade de conhecimento técnico e de auto-confiança - ao menos para nos sustentar enquanto trio e iniciar um período de testes para o novo guitarrista solo. Tivemos alguns candidatos (pena que não filmamos, pois veio cada figura...), até que nos apareceu o Daniel. Quando fomos buscá-lo de carro, para realizar o teste, à distância vimos no lugar combinado um sujeito diferente. Ao menos era diferente do que imaginávamos, pois parecia ser um menino pequeno e franzino (lembrem-se de que estávamos em 1998), meio curvado, com um "bag" de guitarra ao lado. Abrimos a janela e perguntamos se era ele mesmo, para confirmar, e então o embarcamos no carro rumo ao estúdio (aliás, este carro mereceria um capítulo a parte, pois íamos todos - nós e os instrumentos - espremidos no Uno verde-musgo do Felipe. Certo dia, inclusive, o Erico foi no porta-malas!). Bem, só bastou chegar e esperar o Daniel plugar sua guitarra no amplificador para começar a procurar nossos queixos no chão. Ficamos realmente muito surpresos (talvez até um pouco assustados) com a semelhança que havia com Ace Frehley não somente na execução das músicas, mas sobretudo no "feeling" que ele tinha. Já estávamos relativamente acostumados a assistir o Spaceman em vídeos, e era impressionante como o Daniel personificava aquele tão peculiar "jeito Ace Frehley se ser". Dali, então, seguiram-se muitos e muitos ensaios, que serviram para nos amadurecer e forjar a identidade de banda que temos até hoje. Já no ano seguinte, houve a feliz coincidência da vinda do Kiss ao Brasil (incluindo Porto Alegre), e a produtora do show nos escalou para fazer a divulgação. Foi uma grande maratona de compromissos com imprensa, apresentações ao vivo em programas de TV e shows, algo que certamente ainda não tínhamos a menor noção do tamanho e das proporções que tomaria. O Daniel ficou conosco durante tudo isso e mais vários anos depois, mas parecia que a "turbulência" causada pela correria do período pré-show do Kiss nos deu uma dose tão grande de adrenalina, que não conseguíamos mais experimentar algo parecido nos shows que realizamos após a poeira baixar. Além de tudo, a convivência já não era mais lá essas coisas, pois a demanda que tivemos nos fez ficar mais tempo juntos do que em nossas próprias casas e em nossos afazeres particulares. O "pique" diminuiu, assim como a freqüência dos ensaios, shows e momentos de convivência, chegando a um ponto em que simplesmente não tocávamos nem nos víamos mais. Quando houve a idéia de uma grande retomada, o Daniel já tinha uma série de compromissos e de objetivos, tanto pessoais quanto musicais, que impediram o seu retorno à banda. Mesmo assim, o seu legado conosco é incontestável, além de ter unido forças com a gente durante aquele tempo todo para não deixar a banda morrer, e desempenhou seu papel com muita competência e dedicação.
LEO "JAMESS SIMMONS" ESCOBAR (2008-2011)
Em setembro de 2008, por motivos pessoais, Erico saiu da banda após 11 anos. Foi um grande baque para todos, em um momento que já era de grande transição, pois estavam se realizando os ensaios para a retomada da agenda de shows após uma grande parada. Nunca a Parasite talvez esteve tão próxima do difícil dilema de terminar uma história e um sonho em comum. Quem iria topar assumir essa bronca? “Encarnar” o Gene Simmons, em uma banda já estabelecida e com um repertório longo, tendo que usar maquiagem, botas imensas, roupas "exóticas"... Ainda teria que cantar bem (com a voz do “patrão”), tocar baixo, sacolejar, mostrar a língua e babar sangue que nem um endemoniado. Admitimos que as chances eram poucas. Só que, para nossa mais absoluta surpresa, em menos de uma semana, nos aparece essa rica criatura, com uma tatuagem-letreiro gigante do Kiss nas costas, e dizendo (aliás, como sempre fez desde então, sempre que precisávamos dele): “Deixa pra mim”. E assim inauguramos uma nova fase, com uma gana e uma força maior do que jamais tivemos, emendando show atrás de show, alegria atrás de alegria, e assim foi por quase 2 anos e meio SEM PARAR. Uma grande parcela deste sucesso foi por causa do Jamess, pois acabou sendo ele que veio na hora certa para chutar nossas bundas e nos fazer novamente ir para frente, assumindo a banda com todo o coração e nos abrindo muitas portas. Guitarrista por formação, ele nunca havia tocado baixo - mas, como já sabemos, não saber tocar um intrumento nunca foi grande problema para a banda, ainda mais quando há amor naquilo que se quer fazer. Um mês depois, Jamess tinha aprendido a tocar baixo e estava em um palco junto conosco, suando e chorando. Em março de 2011, ele precisou sair da banda, mas deixou para nós um belo legado de grandes lembranças, além de um belo exemplo de dedicação, competência, entrega e paixão. É uma pessoa muito querida por todos nós e sempre será um grande amigo, que merece todo sucesso e felicidade em tudo que fizer nesta vida.
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